Casa da Música
Homónima da obra mais signicativa e contorversa da iniciativa “Porto 2001 Capital Europeia da Cultura”, a estação de Metro da Casa da Música revela o arquitecto a quem devemos sua autoria, Eduardo Souto de Moura. Reconhecendo a dimensão e presença da obra de Rem Koolhas, procurou um desenho discreto e sem protagonismo no entanto capaz de se servir a interface de densos fluxos urbanos que caracterizam as periferias da Rotunda da Boavista. A pala tão característica desta obra responde a uma anterior ocupação ferroviária e a um território denso e acelerado. O traço simples revela-se calmo, sereno e capaz de tornar esta estação um ponto de refúgio da malha urbana desta área. A dicotomia entre a superfície e o subterrâneo procura valorizar a arquitectura que, através das entradas de luz natural tão características que se presenciam no cais, provoca um espaço naturalmente tenso e desprovido de interação ao ponto de trazer calmaria a quem aguarda a próxima carruagem. A conguração desta primeira grande estação de Metro da Cidade do Porto revela a maneira como a própria cidade quer viver: reconhecendo a azáfama, depende e necessita de momentos de serenidade iluminados quer pelo sol, quer pelas linhas estilizadas de Eduardo Souto de Moura.
Santo Ovídio
Parte integrante de um eixo urbano de extrema relevância como a Avenida da República, a obra de Rogério Cavaca revela-se apta para responder aos desafios propostos pela cidade de Vila Nova de Gaia, mais propriamente a zona de Santo Ovídio. Uma peça arquitectónica que remata um fluxo automóvel incessante, colocando- se sob a rotunda que compõe a sua denominação e dá início a um outro fluxo, de maior escala, como são os acessos às autoestradas e que dão continuidade ao gesto linear com origem na portuense Ponte D. Luís I. Composta pela simplicidade e frontalidade, deparamo-nos com dois pontos de entrada dispostos de uma forma que torna a rotunda um elemento inerente a este projecto, conseguindo criar um espaço subterrâneo onde a movimentação tão característica e até pertubadora desta rotunda nos consegue dar alguma liberdade. Porém, a soturnidade do seu cais faz-nos procurar a luz e o frenezim, o que nos leva ao exterior, e, no entretanto, entre o soturno e o luzidio, encontramos momentos de serenidade compostos por diferenças de cotas que nos isolam quer do movimento quer da paz. Não nos tornamos no isolado, mas no mínimo tornamo-nos no abstraído.
Parque Maia
Da autoria de João Álvaro Rocha, esta estação carateriza-se pela sua autonomia enquanto infraestrutura do Metro do Porto. Localizada às portas da Cidade da Maia, estabelece a ligação entre o rural e o urbano, afirmando-se como ponte num território onde a hierarquia e a estratégia de desenho não estão presentes e procura, atravésda sua leveza e simultânea presença na paisagem urbana, dar entrada à Cidade. A sua perpendicularidade com o eixo criado pela Nacional 14 cria um momento de tensão entre a estrutura e o território, dando o devido significado à obra como estrutura de ligação urbana, sem se querer sobrepôr em relação ao próprio território. Envolta numa paisagem verde contrastante com o conjunto de edifícios, a estação ganha autonomia ao se assumir como estrutura e, antes de se demoninar de edifício, esta obra preza o conceito e função de ponte, onde nela nada mais é relevante que a sua própria estrutura que se revela através da sua transparência e vigorosa materialidade. Quem a percorre sente-se parte integrante da Cidade, abrigando-se mas simultaneamente expondo- se às portas da urbe. Tudo aqui é claro e evidente, presente e essencial.

projectos Ensino
















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