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As Piscinas das Marés inauguradas em 1966, marcam de forma discreta a marginal de Leça da Palmeira com um composto de duas piscinas, vestiários, balneários e bar. O projecto é do arquitecto Álvaro de Siza Vieira.
Durante três meses as piscinas são utilizadas para o verdadeiro fim que foram criadas, esse tempo corresponde ao período balnear, meados de junho a meados de setembro. Nos restantes meses do ano as piscinas estão vazias e sob vigilância vinte e quatro horas por dia.
As imagens realizadas são o registo de um espaço que se encontra em transição entre o “natural” e o “artificial”, onde o betão se cruza com a rocha primitiva do local. O seu não estado “normal” de utilização permite em planos mais próximos intensificar essa junção/transição do “artificial” com o “natural”, do desenho do arquitecto, marcado pela utilização do betão, com o “desenho primitivo” das rochas. Em planos mais gerais as piscinas ficam “camufladas”.
O interesse por fotografar durante a “não utilização” do local é evidente na selecção das imagens. A colocação de algumas fotografias das piscinas em utilização marca de forma pontual a narrativa tal como o tempo em que o local é usado.


Biografia
Marta Ferreira, natural de Muna de Besteiros, distrito de Viseu, reside actualmente no Porto. Em 2010, terminou a licenciatura em Tecnologia de Comunicação Audiovisual e em 2012 o Mestrado em Comunicação Audiovisual na especialização de Fotografia Documental. Tem colaborado com a scopio, nomeadamente no projeto “Mapeamento Visual de Quatro Obras de Siza Vieira” (MFDA-ARP) fazendo um estudo visual sob o espaço da Piscina das Marés.