A série de fotografias de Mark Durden e João Leal no Museu de Arte Contemporânea de Serralves constitui um esforço estético que revela alguns dos traços mais significativos de Siza. Serralves é uma arquitectura que abriga outras artes, permitindo muitas vezes que a arte exposta seja exposta em unidade com o lugar e não apresentada como artefactos isolados, como ocorre por exemplo com as esculturas de Pedro Cabrita Reis, que estabeleceram uma forte conexão com os espaços de exposição. As séries de Marcos e João criam uma narrativa visual que conjuga a abstração e a poética de Serralves, além de evidenciar a relação significativa que o museu cria com a envolvente natural do parque. Álvaro Siza explicou que a visão do museu o obrigou a criar um projeto com o menor impacto possível no enquadramento urbano envolvente e que evitasse perturbar os jardins do parque e da Villa.