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Visual Spaces of Change: Public Spaces of Porto II

de Ana Carvalho Santos, Ana Rita Rodrigues

Projeto

Tipo de Galeria

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Ensino Fotograpia FBAUP

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Enquadramento

Os projectos fotográficos selecionados para esta pulicação fazem parte de um conjunto mais alargado de trabalhos desenvolvidos pelos estudantes da Unidade Curricular de Fotografia & Cinema do Mestrado em Multimédia (MM) da FEUP, no ano letivo de 2019-2020.

 

 

Porto is Under Construction

por Ana Carvalho Santos

 

O Porto está em construção. Em cada esquina uma obra de estrada, em cada esquina uma grua. A cidade está a ser refeita, reconstruída. Embora não esteja, somos bombardeados por obras em construção que aparecem a cada passo que damos. O crescimento do turismo, a chegada de novos residentes à cidade, estudantes deslocados que vêm para Invicta, à procura de uma casa, de um espaço, ajudam a este crescimento do trabalho de concha a ser feito. A cidade pede para ser alargada e capaz de receber o maior número de pessoas possível. Observamos uma selecção dos edifícios que restam, das partes restantes dos edifícios e daqueles que são demolidos para novos. Uma selecção e, por outro lado, uma junção de imagens do passado com projecções futuras. Os edifícios antigos interligados com o novo, a junção do passado com o futuro e a construção heterogénea da cidade. Este trabalho fotográfico está corporizado no projecto Espaços Visuais de Mudança, proposto na Unidade Curricular de Fotografia e Cinema (PC) pelo professor José Carneiro, incorporado no plano de estudo do Mestre em Multimédia: Cultura e Artes (MM) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

 

 

Unfolded Body, Repaired Gaze

por Ana Rita Rodrigues

 

A fotografia instantânea derrubou a Ponte. A Ponte tombou o ferro. E o ferro já não é ferro de engomar.

Perante um objecto que, na sua iconicidade, tende a ser representado em culturas fotográficas e visuais homogeneizadas, talvez uma relação mais íntima entre o sujeito que olha e o objecto contemplado possa ser uma estratégia para recuperar o organicismo que precede a sua iconicidade. Assim, esta série fotográfica surge como uma proposta para um espaço de simbiose e experimentação; um espaço onde um corpo se desdobra em si mesmo, ajudado por um espelho para além da câmara, procurando novos ângulos e perspectivas, de modo a recuperar esse outro corpo orgânico e perdido, bem como a reparar esta cultura visual (ausente). Nesta série fotográfica, tal como é pretendido pelo corpo que olhou e fotografou: que o ferro se torne novamente ferro.