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COMPLEXO ICBAS

de Ana Francisca Costa, Ana Margarida Sousa, Diana Maudslay, Inês Fernandes, João Henriques

Projeto

Tipo de Galeria

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Campus Porto (centro)

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O complexo do ICBAS acolhe duas faculdades: a Faculdade de Farmácia e a de Ciências Biomédicas. O principal motivo que nos fez escolher este edifício foi a sua localização e a relação que o mesmo tem com a envolvente. A faculdade localiza-se no centro da cidade do Porto e dialoga de modo mais direto, com o edi cado consolidado da cidade e, de um modo mais indireto, com Vila Nova de Gaia uma vez que se volta para a mesma. Por outro lado, e apesar de não ter despertado o nosso interesse logo à partida, o facto do edifício dialogar com uma pré-existência suscitou também a nossa atenção, pela forma como contrastam um com o outro.

De um modo sintético, o novo edifício é constituído por três volumes alongados marcados por uma forte horizontalidade e um outro volume mais subtil e parcialmente enterrado que conecta os três primeiros volumes ao edifício da pré-existência, através de uma praça na sua cobertura.

Apesar da aparente simplicidade da implantação, estes volumes interligam-se de diversas formas, a diferentes cotas e criam uma grande diversidade de espaços de estar e de circulação ora exteriores, ora interiores, como também exteriores mas cobertos que contribuem para uma riqueza espacial que procuramos retratar neste trabalho.

As linhas simples e ortogonais dos edifícios dão origem a uma sucessão de espaços contrastantes: luminosos e escuros, amplos e condicionados, abertos e fechados. A partir disto foi nos possível desenvolver uma dinâmica de enaltecimento das suas qualidades contrastantes, que produzem efeitos fotográ cos dramáticos, que fazem uso da cor, luminosidade característica do espaço e ainda das suas forças perspéticas.

O nosso percurso inicia-se com a descoberta do local e da sua ligação com a envolvente. Entre enquadramentos e refúgios onde sempre se descobre um novo pormenor e uma nova conexão, tal como é o caso da forma como foi tratada a conexão entre o novo edifício e a pré- existência, valorizando a solução arquitetónica encontrada.

Da sombra para a luz, entre o velho e o novo. É assim que o espaço de 7 entrada desta faculdade se de ne. Uma procura incessante de conectar a cidade com o espaço, através de enquadramentos ocasionais, como
uma moldura que enquadra uma obra de arte.

A máquina fotográ ca permite-nos percorrer o interior e o exterior, ajudando-nos a desenvolver um olhar mais atento para as peculiaridades do edifício e de tudo o que o engloba. Assim, vagueamos pelos corredores e pelos espaços de transição de forma a captar os locais onde os seus alunos, professores e funcionários interagem e socializam diariamente. O objetivo seria mostrar, através da fotogra a, de que forma estes espaços são utilizados, num ano tão díspar como aquele em que nos encontramos, captando a essência e ambiência da faculdade na atualidade.

Ao longo do percurso encontramos várias singularidades, principalmente o contraste existente na apropriação dos espaços, quer esta fosse realizada por pessoas ou objetos. É nesta altura que constatamos o impacto dos dias de hoje na ocupação dos espaços: lugares vazios, sombrios, silenciosos, com carência de presença humana.

O facto do edifício ter uma composição rítmica fez com que quiséssemos representar as várias perspetivas criadas pelos volumes. Para além disso, quisemos mostrar o percurso que os conecta.

Tal como já foi referido, o ambiente no ICBAS apresenta o desprovimento de presença humana. Cadeiras vazias, lugares escuros, salas e corredores desocupados é a principal visão que se tem do edifício, dando, assim, destaque aos objetos constituintes do espaço. O pouco movimento que existe foi captado através da utilização de imagens de exposição prolongada e de fotomontagens. Estas imagens pretendem de certa forma mostrar como é que seriam determinados locais desta faculdade se tivessem a sua normal a uência de pessoas, que se cruzam interagem e trazem vida e cor a estes espaços agora despovoados.