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Aquilo que está dentro e o que está fora

de Danilo Tolentino Leite Ferreira

Projeto

Tipo de Galeria

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projectos Ensino

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“É uma ponte [...] que não é mais do que uma ligação entre o rural e o urbano. [...] Assinala a entrada na cidade e marcação de um tempo na passagem de um lugar para o outro.”

O excerto acima é parte do memorial descritivo para o projeto da Estação do Metro: Parque Maia (2001-2007), cuja autoria é do arquiteto João Álvaro Rocha. Trata-se de um objeto propositadamente inserido naquele sítio como estrutura que marca. A “ponte edifício”, nas palavras do arquiteto, infraestrutura habitada, consiste num corpo metálico e selado em vidro, como uma espécie de casulo em contato visual com o arvoredo vivo, a nacional que passa abaixo e o horizonte, sutilmente anunciado, da cidade. O vidro, elemento de extrema importância para este projeto, atenua a força da estrutura, protege do ruído intenso causado pelo uxo de automóveis. Acima de tudo, permite com que seu entorno invada o interior da estação, confundindo “Aquilo que está dentro e o que está fora”. Ao revisitar os incontáveis estudos de Guido Guidi sobre a paisagem em transformação e a relação estabelecida entre ambientes internos e externos; a precisão de Gabriele Basilico ao registrar poéticamente arquiteturas que transitam entre a macro e micro escala, o presente trabalho se propõe a tentar tal exercício. Numa narrativa visual, investiga a materialidade dessa “ponte habitada” e como se estabelecem os limites de uma arquitetura desenhada para ser habitada e a transformar uma paisagem. A ponte entre duas margens de um sítio cincido.